quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Minha vida de Modelo e Atriz

Eu não sei dizer se na minha infância já sonhava em ser Modelo e Atriz. A minha infância foi muito difícil, porém, lembro que na época da novela Estupido Cupido, na rua em que morava, no bairro da Vila Mallet, no Rio de Janeiro, todas as meninas desfilavam e era o maior auê. Todas queriam ganhar a coroa. A disputa era acirrada. A platéia era formada pelos meninos e o corpo de jurado era misturado. Lembro que algumas vezes eu ganhava. Acho que já era o prenúncio do meu sucesso na carreira.
Na escola, no início do 2º grau, fui indicada por um professor para participar de um concurso. O concurso era pra arrecadar fundos para uma instituição de caridade, na verdade não lembro o nome da tal instituição agora.
Fui treinando em casa, em como desfilar numa passarela, colocava livros na cabeça. Andava de um lado para o outro com os livros pesados na cabeça. Sofri com aquilo.
Meu pai não tinha condições financeiras pra comprar roupas bonitas pra eu desfilar, afinal a família era grande e ele na época, era cabo da Aeronáutica. A minha vontade de participar do concurso foi grande, então peguei um vestido lindo que dancei valsa de 15 anos de uma colega - a mãe da aniversariante foi quem deu o vestido pra mim - mandei remodelá-lo e foi o maior sucesso no desfile. Fiquei muito linda, era um vestido cor vermelho carne, e eu branquinha, a combinação foi supimpa. Fiquei em 3º lugar e muito feliz. O professor que me indicou mais ainda.
Naquele dia, não imaginava eu que começaria a ser traçado um caminho longo de modelo e atriz na minha vida. Estava escrito nas estrelas por Deus um pouco de sucesso pra mim.
Em 1989 eu  subi ao palco do Teatro Arthur Azevedo em Campo Grande/ RJ, para encenar a peça "A Formiga Fofoqueira" de Carlos Nobre. Meu personagem: a alface. Houve uma apresentação, que surgiu um imprevisto em cena, eu cai da cadeira, e não consegui me conter de tanto riso, e a platéia que achava que aquilo fazia parte da história, também se desandou a rir. Foi muito gostoso, mas eu precisava me recompor e voltar para o texto original. Foi difícil aquele dia. É muito gostoso fazer teatro.
Passou um tempo e participei do concurso "Garota Carinho", no Riocentro. Fiquei em 10º lugar, e isso me garantiu um convite pela produtora, pra trabalhar como modelo da Revista Carinho.
Consegui fazer meu book - albúm de fotos produzidas - entreguei na TV Globo e fui convidada para trabalhar nos programas "Os Trapalhões" e "Tv Pirata".
Participei de um comercial de seguros de carros para o cliente J. Hosmam Seguros. Esse comercial foi veiculado na extinta TV Manchete.
Fui convidada para fazer uma pontinha no longa-metragem "Final da Emoção", do diretor Aécio de Andrade, quando me dei conta, estava fazendo laboratório para interpretar o personagem Dorotéia, do longa-metragem "Entardecer das ilusões". Fiquei em Curitiba por 6 meses, participando das filmagens. Foi uma experiência maravilhosa.
Quando voltei para o Rio de Janeiro, escrevi uma carta para o Jornalista Dino Almeida, e contei sobre os meus trabalhos de modelo e atriz, então a partir daí, ele me encaixou no corpo de jurados dos 2 concursos que ele realizava no Paraná, o "Glamour Girl" e a "Garota Caiobá". O sucesso e a badalação foram grande nos jornais de Curitiba.
Continua....

Olá amigos,desculpas, por ter me ausentado por muito tempo, mas, meu dia-a-dia tem sido bastante corrido, com filha, casamento do meu irmão postiço, e também escrevo diariamente para o meu outro blog.
Bom, vamos lá.
Dei entrevista ao Nanato Barbosa, filho do falecido Chacrinha, em uma rádio, aqui no Rio, posei para fotos da revista Carinho, fiz um ensaio de chamada para a revista "Ele Ela". Deveria pousar na próxima edição na capa, porém, nesta época, conheci uma pessoa muito especial, que abalou o meu coração, o R.W.Coffin, olhos azuis, e ai, nos envolvemos. R. um industrial e também fotográfo marinho da mais alta qualidade. Ele tem fotos divulgadas nas revista  Fluir e Manchete. Fomos morar juntos e por ele viajar à trabalho, optei em dar um tempo na minha carreira, e acompanhá-lo. Foram 2 anos de muita curtição, muito amor, mais também de tapas e beijos.  O ciúmes era quase que doentio, uma coisa louca.
Ah! esse louco amor.
No final de 1992, resolvi que era melhor me separar, pois a chapa estava quente demais, e a vida as vezes te chama pra uma outra estrada.
A separação foi muito dolorida, arrassadora, melancolica, devastadora, até uma vez tomei mais de cinco comprimidos de calmante pra tentar aliviar o sofrimento. Fui parar na emergência do hospital e só não embarquei dessa vida, porque Deus não me queria lá em cima ainda.
É muito difícil a separação de alguém que você ama de loucura e sabe que ele também te ama, mais a relação tá contaminada de ciúmes e possessvidade.
Bem, sobrevivi, e só não voltei, porque a amiga "Dulce", me impediu de cometer tal fato. Também acabei quebrando o ossinho do pé esquerdo e tive que colocar gesso, fiquei sem locomoção.
Nossa, que doidera a vida, dor terrivel no coração e o pé quebrado, uma mistura dolorosa demais pra mim.
E nesse meio tempo, fui lendo alguns livros e decidi cursar uma faculdade de Comunicação Social/Jornalismo.
Era janeiro e o vestibular estava aberto, fiz a minha inscrição, passei o tempo revendo materias e passei na prova.
Final de janeiro tirei o gesso, em fevereiro começaram as aulas e agora tinha plena consciência de que voltar para Russell, seria inviável.
Passou um tempo,e eu estava me apaixonando pelo curso, e as dores de amores procurei tirá-las do foco, caso contrário, não conseguiria me concentrar e permanecer com os estudos.
Um bom tempo depois, voltamos a nos falar, fiz uma visita, ele ficou feliz por eu estar estudando e acabou.  Infelizmente acabou....
A vida sempre te dá impulso para novos rumos, as vezes são impulsos que te massacram, mas, não te matam. É das cinzas que a fênix renasce para um novo rumo, uma nova idéia, uma nova paixão, uma nova libertação.
Continua.....

Um comentário:

  1. Quem te viu, quem te vê... vc está acabadaça! Nem sombra do que era... drogas? más companhias? falta de uma relação estável? falta de amor paterno e materno?... acho q tudo isso junto né?... triste... mas não esquenta não, todos envelhecemos mesmo... alguns mais rapidamente...

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